Optometristas realizam rastreio à visão na Assembleia da República
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) encontra-se a realizar rastreios aos cuidados para a saúde da visão, a funcionários e deputados da Assembleia da República, no âmbito dos “Dias da Saúde 2024” iniciativa organizada pela Assembleia da República e que decorre até ao próximo dia 11 de julho.
Para Raúl Alberto de Sousa, Presidente da APLO, esta iniciativa “visa sublinhar a importância da visão na função humana e a sua relevância em termos de saúde pública para a população”.
Apesar de preveníveis, as condições da visão têm um impacto económico em Portugal que pode variar entre os 200 e os 700 milhões de euros, se só se considerar pessoas com mais de 50 anos. Vários estudos indicam que, por cada 1 euro de investimento em cuidados para a saúde da visão, 10 euros revertem em produtividade. É essencial que os decisores políticos criem as condições necessárias para o acesso a mais e melhores cuidados para a saúde da visão a todos os portugueses.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta graves limitações no acesso a cuidados para a saúde da visão, sendo que o acesso para a primeira consulta hospitalar da especialidade de oftalmologia se encontra no topo das listas de espera. Como consequência, os portugueses sofrem de deficiência visual e cegueira, que poderia ser evitada, resultando no maior grupo de incapacidade em Portugal.
“Portugal tem de implementar as recomendações internacionais para a integração dos optometristas nos cuidados para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde, promovendo o adequado planeamento da força de trabalho de profissionais da saúde da visão. Os optometristas constituem a classe mais numerosa de prestadores de cuidados para a saúde da visão em Portugal, realizam dois milhões de consultas por ano e são responsáveis por mais de 70% das prescrições para óculos e lentes de contacto em Portugal. Este é um pilar da saúde da visão em Portugal, fundamental para evitar a deficiência visual e cegueira em milhões de portugueses”, conclui Raúl Alberto de Sousa